sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Revolução na Escola! Texto ''A escola como espaço sócio-cultural'', de Juarez Tarcisio Dayrell

Oi oi oi! Gente, vamos compartilhar com vocês um texto muito interessante de Juarez Tarcisio Dayrell. (Quem?) Vamos apresentá-lo à vocês rapidinho:


fonte: Google+


Currículo

Juarez Tarcisio Dayrell possui graduação em Ciencias Sociais pela Universidade Federal de Minas Gerais (1983), mestrado em Educação pela Universidade Federal de Minas Gerais (1989) e doutorado em Educação pela Universidade de São Paulo (2001). Em 2006 realizou o pós-doutorado no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. Atualmente é professor associado da Universidade Federal de Minas Gerais e pesquisador do CNPq. É coordenador do Observatorio da Juventude da UFMG (www.fae.ufmg.br/objuventude) e integrante do Programa Ações Afirmativas na UFMG. Está integrado à Pós Graduação da Faculdade de Educação na linha de pesquisa: Educação, cultura, movimentos sociais e ações coletivas, desenvolvendo pesquisas em torno da temática Juventude, Educação e Cultura. (Texto informado pelo autor)


Muito bem, agora que o conhecemos, vamos fazer uma espécie de resumo com um comentário nosso no final de seu artigo chamado A ESCOLA COMO ESPAÇO SÓCIO-CULTURAL. Depois de lermos o texto (que tem 26 páginas, cof cof), pudemos extrair que:
1) Há diferentes sujeitos na escola. Alunos, professores, funcionários da limpeza e da secretaria, inspetores, coordenadores pedagógicos, diretores, bem como a família que está presente na vida destes alunos. Cada um deles com uma função e com um objetivo dentro da escola, que se concentram em um só: o aluno. A função da escola é integrar a todos, integrar e equilibrar e atender e agregar a todas as diferenças, todos os tipos de conhecimentos, todas as culturas, para a formação de verdadeiros cidadãos, ativos em sociedade.
2) Há o espaço, a arquitetura da escola. Corredores, salas, pátios. Cada um com sua função especifica. Em geral, a escola apresenta uma arquitetura quadrada, isolada, séria. Não há cores, não há desenhos, não é interativa. Os alunos resignificam cada uma das estruturas da escola (o corredor é para bolar aula, o fundo da sala é para brincar ou dormir, escada é para comer e conversar, etc.).
3) Há o tempo de aula, que é muito maior do que o tempo de intervalo. Não dá tempo de construir diálogos profundos, apenas superficiais, corriqueiros. Há estímulos afetivos no recreio, porém curtos e mais passageiros, pois não há tempo para realizar muitas atividades recreativas.
4) O aluno enquanto ser humano e indivíduo, é massificado e generalizado como apenas aluno, sendo considerado apenas em seu aspecto cognitivo e não emocional. Isso estando no meio de todos os outros alunos, tão diferentes entre si, no aspecto de história, gostos, vontades, desejos, habilidades.
5) Há diferentes tipos de professores. Aqueles mais criativos e com mais vontade e dinamismo muitas vezes não podem explorar ao máximo as capacidades do aluno devido a carteiras pesadas, burocracias, falta de material e estrutura, espaço.
6) Há matérias e cronogramas a serem seguidos, mas ninguém explica seu significado real, a sua serventia. A matéria é transmitida e assimilada de forma superficial até a hora da prova – existe o desespero para não bombar, para ganhar os pontos suficiente pra passar de ano. (Isso não é aprendizado, nunca vai ser.)
7) Há atividades culturais na escola que os estimulam, pois eles tem liberdade para planejar com independência, criatividade como em festas juninas, halloweens, arrecadação de fundos pra formatura, show de talentos, dia das mães – porém não há contextualização destes eventos com o que se aprende dentro da sala de aula.
8) O autor defende o reconhecimento da polissemia da escola, de sua multiplicidade e potencialidades, para que realmente seja um verdadeiro espaço onde as culturas e as diversidades sejam exploradas em prol do aluno, da sociedade em geral. Destaca a importância da contextualização daquilo que se aprende dentro da escola; e ainda lembra que a escola deveria se lembrar que prioriza o aluno, e não a si mesma enquanto instituição que transmite conhecimento. Defende um espaço onde estabeleça um laço afetivo com o aluno, não só a sala de aula, como a escola inteira. Defende que escola e mundo exterior se complementem, e não se diferenciem. Defende o papel ativo do aluno na escola e em sociedade.
Tudo implicitamente, sem alardes, sem radicalismos - o que torna o texto ótimo.

Confira o texto completo através do link: clique aqui

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Hora do documentário - Pro dia nascer feliz

Este trabalho apresenta uma análise do documentário dirigido por João Jardim “Pro dia nascer Feliz”, 2007, em que aborda o sistema educacional brasileiro, descrevendo realidades escolares de diferentes contextos sociais, econômicos e culturais a partir de diversos olhares sobre as realidades que constituem a estrutura educacional seja do ponto de vista da instituição, do aluno, do professor e da família. Propõe, ainda, demonstrar o abismo existente entre as escolas públicas e privadas e a relação do adolescente com a escola focando a desigualdade social e a banalização da violência. Essa é a dica de documentário essa semana, galera, documentário que faz crescer em cada um o desejo de ver crescer no nosso país um ensino de qualidade em todos os aspectos, cultura, educação.

domingo, 16 de novembro de 2014

Entenda o Ensino Fundamental de 9 anos

  Entenda nessa postagem sobre o assunto detalhadamente, mas, se quiser um resumo bem resumido, dá uma olhadinha na postagem antes dessa, lá embaixo! Agora sim, fica por dentro do assunto!




“Lutar pela igualdade sempre que as diferenças nos discriminem;
lutar pelas diferenças sempre que a igualdade nos descaracterize.”
Boaventura de Souza Santos

“...mire, veja: o mais importante e bonito do mundo é isto;
que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram
terminadas, mas que elas vão sempre mudando.
Afinam ou desafinam. Verdade maior. É o que a vida me ensinou.”
João Guimarães Rosa, Grande Sertão: Veredas

O QUE É?
Assegurar a todas as crianças um tempo mais longo no convívio escolar, mais oportunidades de aprender e um ensino de qualidade. Essa é a proposta do MEC com a implantação do ensino fundamental de nove anos. A intenção é fazer com que aos seis anos de idade a criança esteja no primeiro ano do ensino fundamental e termine esta etapa de escolarização aos 14 anos. A ampliação do ensino fundamental começou a ser discutida no Brasil em 2004, mas o programa só teve início em algumas regiões a partir de 2005.
 Objetivos
É a formação básica do cidadão. Para isso, segundo o artigo 32º da LDB, énecessário:
I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;
II - a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;
III - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores;
IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.
Desde 2006, a duração do Ensino Fundamental, que até então era de 8 anos, passou a ser de 9 anos. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB 9395/96) foi alterada em seus artigos 29, 30, 32 e 87, através da Lei Ordinária 11.274/2006, e ampliou a duração do Ensino Fundamental para 9 anos, estabelecendo como prazo para implementação da Lei pelos sistemas de ensino, o ano de 2010.

DIVISÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL DE 9 ANOS
o Anos Iniciais – compreende do 1º ao 5º ano, sendo que a criança ingressa no 1º ano aos 6 anos de idade.
o Anos Finais – compreende do 6º ao 9º ano.
Os sistemas de ensino têm autonomia para desdobrar o Ensino Fundamental em ciclos, desde que respeitem a carga horária mínima anual de 800 horas, distribuídos em, no mínimo, 200 dias letivos efetivos.
O currículo para o Ensino Fundamental Brasileiro tem uma base nacional comum, que deve ser complementada por cada sistema de ensino, de acordo com as características regionais e sociais, desde que obedeçam as seguintes diretrizes:
I - a difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres dos cidadãos, de respeito ao bem comum e à ordem democrática;
II - consideração das condições de escolaridade dos alunos em cada estabelecimento;
III - orientação para o trabalho;
IV - promoção do desporto educacional e apoio às práticas desportivas não-formais. (ART. 27º, LDB 9394/96)
A responsabilidade pela matrícula das crianças, obrigatoriamente aos 6 anos de idade, é dos pais. É dever da escola, tornar público o período de matrícula.
Além da LDB, o Ensino Fundamental é regrado por outros documentos, como as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental, o Plano Nacional de Educação (Lei nº 10.172/2001), os pareceres e resoluções do Conselho Nacional de Educação (CNE) e as legislações de cada sistema de ensino.
Proposta
As crianças que hoje frequentam as salas de aula do primeiro ano do
Ensino Fundamental fariam, até pouco tempo, parte da Educação Infantil. Essa
alteração provocou e ainda provoca uma série de indagações e
posicionamentos, tanto contrários como favoráveis ao Ensino de Nove Anos.
O direito à Educação Infantil foi uma conquista lenta para pais e
crianças. Embora ainda não seja obrigatória, mesmo que considerada parte da
Educação Básica, como comprova a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da
Educação), continua sendo um direito, mesmo no caso de órgãos públicos,
como prefeitura ou estado, não oferecê-la.
A proposta do Ensino Fundamental de Nove Anos vem, então, para
garantir esse direito às crianças de seis anos. Por outro lado, a proposta já
implantada tem gerado inquietude, principalmente dos professores, os quais
vivenciam sua implantação na prática escolar.
Maristela Angotti (2006) é uma das autoras que discute a questão do
Ensino Fundamental de Nove Anos e considera em seu estudo que, com essa
mudança, a Educação Infantil acaba perdendo em relação ao que já havia
conquistado. A autora se posiciona a favor da Educação Infantil, argumentando
que o Ensino de Nove Anos, de certa forma, contrapõe-se às conquistas da
Educação Infantil, ocorridas lentamente ao longo de vários anos.
Outros autores são favoráveis à mudança no período regular do Ensino
Fundamental, como Miranda (2006), que aponta em seu artigo “Ensino
Fundamental de Nove Anos: Perspectivas e Debates” que o Ensino
Fundamental de Nove Anos possibilitará um tempo maior para a
aprendizagem, não se esquecendo das propostas pedagógicas curriculares, da
estrutura física e do preparo da equipe pedagógica, esta constituída também
pelos professores.
Escolas, Professoras e Alunos: O caminho percorrido 

De acordo com Minayo (1998):
A rigor qualquer investigação social deveria contemplar
algumas características básicas de seu objeto: o aspecto
qualitativo. Isso implica considerar sujeito de estudo: gente, em
determinada condição social, pertencente a determinado grupo
social ou classe com suas crenças, valores e significados.
Implica também considerar que o objeto das ciências sociais é
complexo, contraditório, inacabado, e em permanente
transformação. (MINAYO, 1998, p. 22, grifos do autor)
Há muito ainda a ser compreendido sobre o EF de 9 anos, dado especialmente à sua recém implementação.
Há um significativo papel a ser exercido pelos pesquisadores e pelas universidades nesse novo contexto, como
espaço privilegiado para a reflexão e para a produção do conhecimento. A turma de 6 anos, por todo o conjunto

sábado, 15 de novembro de 2014

Ensino Fundamental de nove anos

Conceito e objetivo


O objetivo do Ensino Fundamental de nove anos é assegurar a todas as crianças um tempo mais longo no convívio escolar, mais oportunidades de aprender e um ensino de qualidade. Essa é a proposta do MEC com a implantação do ensino fundamental de nove anos. A intenção é fazer com que aos seis anos de idade a criança esteja no primeiro ano do ensino fundamental e termine esta etapa de escolarização aos 14 anos. A ampliação do ensino fundamental começou a ser discutida no Brasil em 2004, mas o programa só teve início em algumas regiões a partir de 2005. O prazo para que o ensino fundamental seja de nove anos em todo o Brasil seria até 2010.


Parâmetros Curriculares Nacionais - Língua Portuguesa



Oi? Hã? Que é isso, hein?

Os Parâmetros Curriculares Nacionais, elaborados por uma equipe de especialistas ligadas ao MEC, têm por objetivo estabelecer uma referência curricular e apoiar a revisão e/ou elaboração da proposta curricular dos estados ou das escolas integrantes dos sistemas de ensino. Foi publicado no ano de 1998 e sua estrutura macro compõe-se por diversas áreas de conhecimento: português, matemática, historia, geografia, ciências naturais, artes, educação física e língua estrangeira além da introdução e dos temas transversais. Estes propõe a discussão de questões da sociedade brasileira, como as ligadas à ética, meio ambiente, orientação sexual, pluralidade cultural, saúde, trabalho e consumo.

O PCN facilita a elaboração do projeto político pedagógico da escola, oferece subsídios aos educadores para que as práticas pedagógicas sejam da melhor qualidade, não sendo um documento obrigatório.

Estrutura Específica

O PCN (Parâmetro Curricular Nacional) de língua portuguesa divide-se em:

1ª parte: apresentação da área e definição das linhas gerais da proposta. Analisa alguns problemas de ensino da língua e situa a proposta em relação ao movimento de reorientação curricular nos últimos anos. Discorre sobre a natureza, as características e a importância da área. Finalmente, indica os objetivos e conteúdos propostos para o ensino fundamental.

2ª parte: dedicada ao 3º e 4º ciclos, caracterizando o ensino e aprendizagem da língua portuguesa nesses ciclos; define os objetivos e conteúdos, apresenta orientações didáticas, especifica as relações existentes entre o ensino e, por fim, propõe critérios de avaliação.

Objetivos

Segundo o PCN, a escola deve organizar um conjunto de atividades em que possibilite aos alunos a inserção afetiva no mundo da escrita, ampliando suas possibilidades de participação social no exercício da cidadania.

Conteúdos

Os conteúdos de língua portuguesa articulam-se em torno de dois eixos: o uso da língua oral e escrita e a reflexão sobre a língua e a linguagem.

"as situações didáticas são organizadas em função da análise que se faz dos produtos obtidos nesse processo e do próprio processo" (Parâmetros Curriculares Nacionais).

Hora do Poema - O Tempo

 Oi oi oi! Gente, na Hora do Poema vocês poderão se inspirar, "viajar", chorar, sorrir, com aqueles poemas que conseguem tocar a alma do leitor. E o primeiro poema postado aqui com certeza vai fazê-los parar por alguns segundos e pensar na própria vida.




O Tempo
A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa
Quando se vê, já são seis horas!
Quando de vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é natal...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado...
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio. 
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas...
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo...
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.
                                  Mário Quintana.


(Mário de Miranda Quintana foi um poeta, tradutor e jornalista brasileiro. Nasceu em Alegrete na noite de 30 de julho de 1906 e faleceu em Porto Alegre, em 5 de maio de 1994. Em breve postaremos aqui um Conhecendo o Autor inteiramente dedicado à ele.)


Jessica 
Equipe Letra no Blog

Educadores em ação - O que ler dos 2 aos 18 anos.



             Oi oi oi! Gente, o site  Educar para crescer  publicou dicas de 204 ( isso mesmo, 204!!!) obras essenciais para serem lidas do Ensino Infantil ao Ensino Médio. Essas obras foram selecionadas por 18 educadores! Vale muito a pena dar uma olhada!

Jessica
Equipe Letra no Blog