sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Revolução na Escola! Texto ''A escola como espaço sócio-cultural'', de Juarez Tarcisio Dayrell

Oi oi oi! Gente, vamos compartilhar com vocês um texto muito interessante de Juarez Tarcisio Dayrell. (Quem?) Vamos apresentá-lo à vocês rapidinho:


fonte: Google+


Currículo

Juarez Tarcisio Dayrell possui graduação em Ciencias Sociais pela Universidade Federal de Minas Gerais (1983), mestrado em Educação pela Universidade Federal de Minas Gerais (1989) e doutorado em Educação pela Universidade de São Paulo (2001). Em 2006 realizou o pós-doutorado no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. Atualmente é professor associado da Universidade Federal de Minas Gerais e pesquisador do CNPq. É coordenador do Observatorio da Juventude da UFMG (www.fae.ufmg.br/objuventude) e integrante do Programa Ações Afirmativas na UFMG. Está integrado à Pós Graduação da Faculdade de Educação na linha de pesquisa: Educação, cultura, movimentos sociais e ações coletivas, desenvolvendo pesquisas em torno da temática Juventude, Educação e Cultura. (Texto informado pelo autor)


Muito bem, agora que o conhecemos, vamos fazer uma espécie de resumo com um comentário nosso no final de seu artigo chamado A ESCOLA COMO ESPAÇO SÓCIO-CULTURAL. Depois de lermos o texto (que tem 26 páginas, cof cof), pudemos extrair que:
1) Há diferentes sujeitos na escola. Alunos, professores, funcionários da limpeza e da secretaria, inspetores, coordenadores pedagógicos, diretores, bem como a família que está presente na vida destes alunos. Cada um deles com uma função e com um objetivo dentro da escola, que se concentram em um só: o aluno. A função da escola é integrar a todos, integrar e equilibrar e atender e agregar a todas as diferenças, todos os tipos de conhecimentos, todas as culturas, para a formação de verdadeiros cidadãos, ativos em sociedade.
2) Há o espaço, a arquitetura da escola. Corredores, salas, pátios. Cada um com sua função especifica. Em geral, a escola apresenta uma arquitetura quadrada, isolada, séria. Não há cores, não há desenhos, não é interativa. Os alunos resignificam cada uma das estruturas da escola (o corredor é para bolar aula, o fundo da sala é para brincar ou dormir, escada é para comer e conversar, etc.).
3) Há o tempo de aula, que é muito maior do que o tempo de intervalo. Não dá tempo de construir diálogos profundos, apenas superficiais, corriqueiros. Há estímulos afetivos no recreio, porém curtos e mais passageiros, pois não há tempo para realizar muitas atividades recreativas.
4) O aluno enquanto ser humano e indivíduo, é massificado e generalizado como apenas aluno, sendo considerado apenas em seu aspecto cognitivo e não emocional. Isso estando no meio de todos os outros alunos, tão diferentes entre si, no aspecto de história, gostos, vontades, desejos, habilidades.
5) Há diferentes tipos de professores. Aqueles mais criativos e com mais vontade e dinamismo muitas vezes não podem explorar ao máximo as capacidades do aluno devido a carteiras pesadas, burocracias, falta de material e estrutura, espaço.
6) Há matérias e cronogramas a serem seguidos, mas ninguém explica seu significado real, a sua serventia. A matéria é transmitida e assimilada de forma superficial até a hora da prova – existe o desespero para não bombar, para ganhar os pontos suficiente pra passar de ano. (Isso não é aprendizado, nunca vai ser.)
7) Há atividades culturais na escola que os estimulam, pois eles tem liberdade para planejar com independência, criatividade como em festas juninas, halloweens, arrecadação de fundos pra formatura, show de talentos, dia das mães – porém não há contextualização destes eventos com o que se aprende dentro da sala de aula.
8) O autor defende o reconhecimento da polissemia da escola, de sua multiplicidade e potencialidades, para que realmente seja um verdadeiro espaço onde as culturas e as diversidades sejam exploradas em prol do aluno, da sociedade em geral. Destaca a importância da contextualização daquilo que se aprende dentro da escola; e ainda lembra que a escola deveria se lembrar que prioriza o aluno, e não a si mesma enquanto instituição que transmite conhecimento. Defende um espaço onde estabeleça um laço afetivo com o aluno, não só a sala de aula, como a escola inteira. Defende que escola e mundo exterior se complementem, e não se diferenciem. Defende o papel ativo do aluno na escola e em sociedade.
Tudo implicitamente, sem alardes, sem radicalismos - o que torna o texto ótimo.

Confira o texto completo através do link: clique aqui

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Hora do documentário - Pro dia nascer feliz

Este trabalho apresenta uma análise do documentário dirigido por João Jardim “Pro dia nascer Feliz”, 2007, em que aborda o sistema educacional brasileiro, descrevendo realidades escolares de diferentes contextos sociais, econômicos e culturais a partir de diversos olhares sobre as realidades que constituem a estrutura educacional seja do ponto de vista da instituição, do aluno, do professor e da família. Propõe, ainda, demonstrar o abismo existente entre as escolas públicas e privadas e a relação do adolescente com a escola focando a desigualdade social e a banalização da violência. Essa é a dica de documentário essa semana, galera, documentário que faz crescer em cada um o desejo de ver crescer no nosso país um ensino de qualidade em todos os aspectos, cultura, educação.

domingo, 16 de novembro de 2014

Entenda o Ensino Fundamental de 9 anos

  Entenda nessa postagem sobre o assunto detalhadamente, mas, se quiser um resumo bem resumido, dá uma olhadinha na postagem antes dessa, lá embaixo! Agora sim, fica por dentro do assunto!




“Lutar pela igualdade sempre que as diferenças nos discriminem;
lutar pelas diferenças sempre que a igualdade nos descaracterize.”
Boaventura de Souza Santos

“...mire, veja: o mais importante e bonito do mundo é isto;
que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram
terminadas, mas que elas vão sempre mudando.
Afinam ou desafinam. Verdade maior. É o que a vida me ensinou.”
João Guimarães Rosa, Grande Sertão: Veredas

O QUE É?
Assegurar a todas as crianças um tempo mais longo no convívio escolar, mais oportunidades de aprender e um ensino de qualidade. Essa é a proposta do MEC com a implantação do ensino fundamental de nove anos. A intenção é fazer com que aos seis anos de idade a criança esteja no primeiro ano do ensino fundamental e termine esta etapa de escolarização aos 14 anos. A ampliação do ensino fundamental começou a ser discutida no Brasil em 2004, mas o programa só teve início em algumas regiões a partir de 2005.
 Objetivos
É a formação básica do cidadão. Para isso, segundo o artigo 32º da LDB, énecessário:
I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;
II - a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;
III - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores;
IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.
Desde 2006, a duração do Ensino Fundamental, que até então era de 8 anos, passou a ser de 9 anos. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB 9395/96) foi alterada em seus artigos 29, 30, 32 e 87, através da Lei Ordinária 11.274/2006, e ampliou a duração do Ensino Fundamental para 9 anos, estabelecendo como prazo para implementação da Lei pelos sistemas de ensino, o ano de 2010.

DIVISÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL DE 9 ANOS
o Anos Iniciais – compreende do 1º ao 5º ano, sendo que a criança ingressa no 1º ano aos 6 anos de idade.
o Anos Finais – compreende do 6º ao 9º ano.
Os sistemas de ensino têm autonomia para desdobrar o Ensino Fundamental em ciclos, desde que respeitem a carga horária mínima anual de 800 horas, distribuídos em, no mínimo, 200 dias letivos efetivos.
O currículo para o Ensino Fundamental Brasileiro tem uma base nacional comum, que deve ser complementada por cada sistema de ensino, de acordo com as características regionais e sociais, desde que obedeçam as seguintes diretrizes:
I - a difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres dos cidadãos, de respeito ao bem comum e à ordem democrática;
II - consideração das condições de escolaridade dos alunos em cada estabelecimento;
III - orientação para o trabalho;
IV - promoção do desporto educacional e apoio às práticas desportivas não-formais. (ART. 27º, LDB 9394/96)
A responsabilidade pela matrícula das crianças, obrigatoriamente aos 6 anos de idade, é dos pais. É dever da escola, tornar público o período de matrícula.
Além da LDB, o Ensino Fundamental é regrado por outros documentos, como as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental, o Plano Nacional de Educação (Lei nº 10.172/2001), os pareceres e resoluções do Conselho Nacional de Educação (CNE) e as legislações de cada sistema de ensino.
Proposta
As crianças que hoje frequentam as salas de aula do primeiro ano do
Ensino Fundamental fariam, até pouco tempo, parte da Educação Infantil. Essa
alteração provocou e ainda provoca uma série de indagações e
posicionamentos, tanto contrários como favoráveis ao Ensino de Nove Anos.
O direito à Educação Infantil foi uma conquista lenta para pais e
crianças. Embora ainda não seja obrigatória, mesmo que considerada parte da
Educação Básica, como comprova a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da
Educação), continua sendo um direito, mesmo no caso de órgãos públicos,
como prefeitura ou estado, não oferecê-la.
A proposta do Ensino Fundamental de Nove Anos vem, então, para
garantir esse direito às crianças de seis anos. Por outro lado, a proposta já
implantada tem gerado inquietude, principalmente dos professores, os quais
vivenciam sua implantação na prática escolar.
Maristela Angotti (2006) é uma das autoras que discute a questão do
Ensino Fundamental de Nove Anos e considera em seu estudo que, com essa
mudança, a Educação Infantil acaba perdendo em relação ao que já havia
conquistado. A autora se posiciona a favor da Educação Infantil, argumentando
que o Ensino de Nove Anos, de certa forma, contrapõe-se às conquistas da
Educação Infantil, ocorridas lentamente ao longo de vários anos.
Outros autores são favoráveis à mudança no período regular do Ensino
Fundamental, como Miranda (2006), que aponta em seu artigo “Ensino
Fundamental de Nove Anos: Perspectivas e Debates” que o Ensino
Fundamental de Nove Anos possibilitará um tempo maior para a
aprendizagem, não se esquecendo das propostas pedagógicas curriculares, da
estrutura física e do preparo da equipe pedagógica, esta constituída também
pelos professores.
Escolas, Professoras e Alunos: O caminho percorrido 

De acordo com Minayo (1998):
A rigor qualquer investigação social deveria contemplar
algumas características básicas de seu objeto: o aspecto
qualitativo. Isso implica considerar sujeito de estudo: gente, em
determinada condição social, pertencente a determinado grupo
social ou classe com suas crenças, valores e significados.
Implica também considerar que o objeto das ciências sociais é
complexo, contraditório, inacabado, e em permanente
transformação. (MINAYO, 1998, p. 22, grifos do autor)
Há muito ainda a ser compreendido sobre o EF de 9 anos, dado especialmente à sua recém implementação.
Há um significativo papel a ser exercido pelos pesquisadores e pelas universidades nesse novo contexto, como
espaço privilegiado para a reflexão e para a produção do conhecimento. A turma de 6 anos, por todo o conjunto

sábado, 15 de novembro de 2014

Ensino Fundamental de nove anos

Conceito e objetivo


O objetivo do Ensino Fundamental de nove anos é assegurar a todas as crianças um tempo mais longo no convívio escolar, mais oportunidades de aprender e um ensino de qualidade. Essa é a proposta do MEC com a implantação do ensino fundamental de nove anos. A intenção é fazer com que aos seis anos de idade a criança esteja no primeiro ano do ensino fundamental e termine esta etapa de escolarização aos 14 anos. A ampliação do ensino fundamental começou a ser discutida no Brasil em 2004, mas o programa só teve início em algumas regiões a partir de 2005. O prazo para que o ensino fundamental seja de nove anos em todo o Brasil seria até 2010.


Parâmetros Curriculares Nacionais - Língua Portuguesa



Oi? Hã? Que é isso, hein?

Os Parâmetros Curriculares Nacionais, elaborados por uma equipe de especialistas ligadas ao MEC, têm por objetivo estabelecer uma referência curricular e apoiar a revisão e/ou elaboração da proposta curricular dos estados ou das escolas integrantes dos sistemas de ensino. Foi publicado no ano de 1998 e sua estrutura macro compõe-se por diversas áreas de conhecimento: português, matemática, historia, geografia, ciências naturais, artes, educação física e língua estrangeira além da introdução e dos temas transversais. Estes propõe a discussão de questões da sociedade brasileira, como as ligadas à ética, meio ambiente, orientação sexual, pluralidade cultural, saúde, trabalho e consumo.

O PCN facilita a elaboração do projeto político pedagógico da escola, oferece subsídios aos educadores para que as práticas pedagógicas sejam da melhor qualidade, não sendo um documento obrigatório.

Estrutura Específica

O PCN (Parâmetro Curricular Nacional) de língua portuguesa divide-se em:

1ª parte: apresentação da área e definição das linhas gerais da proposta. Analisa alguns problemas de ensino da língua e situa a proposta em relação ao movimento de reorientação curricular nos últimos anos. Discorre sobre a natureza, as características e a importância da área. Finalmente, indica os objetivos e conteúdos propostos para o ensino fundamental.

2ª parte: dedicada ao 3º e 4º ciclos, caracterizando o ensino e aprendizagem da língua portuguesa nesses ciclos; define os objetivos e conteúdos, apresenta orientações didáticas, especifica as relações existentes entre o ensino e, por fim, propõe critérios de avaliação.

Objetivos

Segundo o PCN, a escola deve organizar um conjunto de atividades em que possibilite aos alunos a inserção afetiva no mundo da escrita, ampliando suas possibilidades de participação social no exercício da cidadania.

Conteúdos

Os conteúdos de língua portuguesa articulam-se em torno de dois eixos: o uso da língua oral e escrita e a reflexão sobre a língua e a linguagem.

"as situações didáticas são organizadas em função da análise que se faz dos produtos obtidos nesse processo e do próprio processo" (Parâmetros Curriculares Nacionais).

Hora do Poema - O Tempo

 Oi oi oi! Gente, na Hora do Poema vocês poderão se inspirar, "viajar", chorar, sorrir, com aqueles poemas que conseguem tocar a alma do leitor. E o primeiro poema postado aqui com certeza vai fazê-los parar por alguns segundos e pensar na própria vida.




O Tempo
A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa
Quando se vê, já são seis horas!
Quando de vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é natal...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado...
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio. 
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas...
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo...
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.
                                  Mário Quintana.


(Mário de Miranda Quintana foi um poeta, tradutor e jornalista brasileiro. Nasceu em Alegrete na noite de 30 de julho de 1906 e faleceu em Porto Alegre, em 5 de maio de 1994. Em breve postaremos aqui um Conhecendo o Autor inteiramente dedicado à ele.)


Jessica 
Equipe Letra no Blog

Educadores em ação - O que ler dos 2 aos 18 anos.



             Oi oi oi! Gente, o site  Educar para crescer  publicou dicas de 204 ( isso mesmo, 204!!!) obras essenciais para serem lidas do Ensino Infantil ao Ensino Médio. Essas obras foram selecionadas por 18 educadores! Vale muito a pena dar uma olhada!

Jessica
Equipe Letra no Blog

Conhecendo o autor! - Paulo Coelho




Oi oi oi! Gente, no "Conhecendo o autor" vocês vão conhecer um pouquinho melhor os autores espalhados pelo mundo afora e suas obras. Esperamos que vocês se inspirem!  


Conhecendo Paulo Coelho:





O primeiro autor que será apresentado a vocês é o polêmico Paulo. Para quem não o conhece, Paulo Coelho é considerado um dos maiores escritores brasileiros de todos os tempos. Suas obras foram vistas em 150 países, traduzidas para 69 idiomas. Tanto sucesso se deve ao modo cativante de escrever e narrar suas obras. Paulo já escreveu romances, ficções, investigação policial, temas místicos e livros de auto-ajuda... Vocês sabiam que ele fez várias parcerias musicais com Raul Seixas?! Isso mesmo, e dessas parcerias saíram sucessos como  “Eu nasci há dez mil anos atrás”,  “Gita”, “Al Capone”, entre outras 60 composições com o grande mito do rock no Brasil.
Atualmente, tem uma coluna semanal em O Globo, e em outros 48 jornais brasileiros. Escreve também para jornais do México, Argentina, Chile, Bolívia, Polônia, Itália, Espanha, Venezuela, Grécia, Taiwan, România, Alemanha e mais dez países. (Uau!)
Seu fascínio pela busca espiritual, que data da época em que, como hippie, viajava pelo mundo, resultou numa série de experiências em sociedades secretas, religiões orientais, etc.
Em 1982, editou ele próprio seu primeiro livro, Arquivos do Inferno, que não teve qualquer repercussão. Em 1985, participou do livro O Manual Prático do Vampirismo, que mais tarde mandou recolher por considerá-lo “de má qualidade”.
Em 1986, fez a peregrinação pelo Caminho de Santiago de Compostela, na Espanha, e, a partir dessa experiência marcante, escreveu O Diário de um Mago – O Peregrino, em 1987. No ano seguinte, publicou O Alquimista, que se transformaria no livro brasileiro mais vendido em todos os tempos. Outros títulos se sucederam: Brida (1990), As Valkírias (1992), Na Margem do Rio Piedra Eu Sentei e Chorei (1994), Maktub (coletânea das melhores colunas publicadas na Folha de S. Paulo, 1994), uma compilação de textos seus em Frases (1995), O Monte Cinco (1996), O Manual do Guerreiro da Luz (1997), Veronika Decide Morrer (1998), e O Demônio e a Srta. Prym (2000), a coletânea de contos tradicionais em Histórias para Pais, Filhos e Netos (2001), Onze Minutos (2003), O Gênio e as Rosas – ilustrado por Mauricio de Souza (2004), O Zahir (2005), Ser como um rio que flui (2006), A Bruxa de Portobello (2007), O Vencedor está só (2008), O Aleph (2010), O Manuscrito encontrado em Accra (2012) e Adultério (2014).
Paulo Coelho conseguiu ter três títulos ao mesmo tempo nas listas de mais vendidos na França, Brasil, Polônia, Suíça, Áustria, Argentina, Grécia, Croácia. De acordo com a revista francesa Lire, foi o segundo escritor mais vendido do mundo em 1998. Autor de um trabalho polêmico, tem críticos apaixonados – a favor e contra. O escritor italiano Umberto Eco elogiou Veronika Decide Morrer na revista alemã Focus. Sua obra foi traduzida em 69 línguas e editada em mais de 150 países. Fato notável em sua vida foi o de ter sido o primeiro escritor não muçulmano que visitou o Irã desde a revolução islâmica de 1979.
Paulo Coelho entrou para o Guiness Book of  Records como  autor que mais assinou livros em edições diferentes (dia 9 de outubro de 2003, Feira do Livro de Frankfurt). Em outubro de 2008 Paulo Coelho entrou, pela segunda vez, para o Guiness Book of Records pelo seu livro O Alquimista - livro mais traduzido no mundo (69 idiomas). 
Os que criticam negativamente o trabalho de Coelho argumentam que sua narrativa é fraca e superficial, que seus textos são permeados por erros gramaticais e que possuem um quê de auto-ajuda. O PhD em Letras Janilto Andrade, publicou o livro ''Por que não ler Paulo Coelho'' em que se refere à obra de Coelho como ''um excitante vulgar procurando qualificar-se como arte sofisticada''. Coelho não responde às críticas à sua obra. Na verdade, ele só responde a críticas negativas quando estas se referem a seus leitores.
Em setembro de 2007, a ONU nomeou o escritor Paulo Coelho seu novo "Mensageiro da Paz"11 .
Essa é somente uma pincelada na biografia do escritor, vocês podem conhecê-lo um pouco mais no site: http://paulocoelho.com/br/
E podem esperar porque minha intuição diz que ainda ouviremos muito sobre Paulo Coelho. 


Fonte: http://www.academia.org.br/ e http://obviousmag.org/


Jessica - 

Equipe Letra no Blog



sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Educadores em ação - Emilia Ferreiro

Trecho do Primeiro capítulo do livro: Passado e Presente dos Verbos Ler e Escrever escrito por Emilia Ferreiro

Ler e escrever num mundo em transformação


(...)
Ler e escrever são construções sociais.
(...) A democratização da leitura e da escrita veio acompanhada de uma incapacidade radical de torna-la efetiva: criamos uma escola pública obrigatória precisamente para dar acesso aos inegáveis bens do saber contidos nas bibliotecas, para formar o cidadão consciente de seus direitos e de suas obrigações, mas a escola ainda não se afastou totalmente da antiga tradição: continua tentando ensinar uma técnica.
(...) Só depois de dominada essa técnica é que surgiria, como num passe de mágica, a leitura (resultado da compreensão) e a escrita eficaz (resultado de uma técnica posta a serviço das intenções do produtor). Acontece que essa passagem técnica para a arte só foi transposta, naqueles lugares onde a escola mais faz falta, por pouquíssimos escolarizados, precisamente pela ausência de uma tradição histórica de “cultura letrada”.
(...) Surge então a noção de “fracasso escolar”, inicialmente concebida não como fracasso do ensino, mas da aprendizagem, ou seja, como responsabilidade do aluno. (...)
No entanto, por toda parte e de modo maciço, o fracasso escolar é um fracasso da alfabetização inicial que dificilmente se aplica por uma patologia individual. (...)
(...)
Apesar de centenas de promissoras declarações de compromisso nacional e internacional, a humanidade ingressa no século XXI com um bilhão de analfabetos no mundo.
Os países pobres  não superaram o analfabetismo;  os ricos descobriram o iletrismo. (...) Iletrismo é o novo nome dado a uma realidade muito simples: a escolaridade básica universal não assegura a prática cotidiana da leitura, nem o gosto de ler, muito menos o prazer da leitura. Ou seja, há países que têm analfabetos (porque não asseguram um mínimo de escolaridade básica a todos seus habitantes) e países que têm iletrados ( porque, apesar de terem assegurado esse mínimo de escolaridade básica, não produziram leitores em sentido pleno).
O tempo de escolaridade obrigatória se estende cada vez mais, enquanto os resultados relativos ao “ler e escrever” continuam provocando discursos polêmicos. Cada nível educativo acusa o precedente pelo fato de receber alunos que “não sabem ler e escrever”, e não poucas universidades têm “oficinas de leitura e redação”. Ou seja, uma escolaridade que vai dos 4 até bem mais de 20 anos (sem falar de doutorado e pós-doutorado) tampouco forma leitores em sentido pleno.
É claro que estar “alfabetizado para continuar no circuito escolar” não garante estar alfabetizado para a vida cidadã. As melhores pesquisas europeias distinguem cuidadosamente parâmetros como: alfabetizado para a rua, alfabetizado para o jornal, alfabetizado para a literatura ( clássica ou contemporânea), etc. A esta lista temos de agregar agora: alfabetizado para o computador e para a Internet.
Isso implica reconhecer que a alfabetização escolar, por um lado, e a alfabetização necessária para a vida cidadã, para o trabalho progressivamente automatizado e para o uso do tempo livre, por outro, são coisas independentes. E isso é grave: se a escola não alfabetiza para a vida e para o trabalho... para que e para quem alfabetiza?
(...)
Hoje em dia os requisitos sociais e de trabalho são muito mais elevados e exigentes. Os navegantes da Internet são barcos à deriva se não souberem tomar decisões rápidas e selecionar informação.
(...)
É evidente que não pode haver  “luta contra o analfabetismo” ( ou o “iletrismo”), e sim ações destinadas a elevar o nível de alfabetização da população (entendendo-se que literacy designa um contínuo que vai da infância até a idade adulta, outro contínuo de desafios cada vez que deparamos com um tipo de texto com o qual não tivemos experiência prévia).
(...) Um livro é um objeto em busca de um leitor, e não pode realizar-se como objeto cultural antes de encontrar um leitor. Esse leitor é muito mal caracterizado quando é definido simplesmente como cliente. Uma coleção de livros pode ser comprada para ser exibida na sala ou no escritório. Esses livros continuaram sendo objetos incompletos: bibelôs sem intérpretes. O livro se completa quando encontra um leitor intérprete ( e se transforma em patrimônio cultural quando encontra uma comunidade de leitores intérpretes).
Por isso a tarefa de um editor é tão singular: deve não só produzir um objeto tão cuidado e bem-acabado quanto possível, como também tem de ter consciência de que esse objeto, por mais cuidado e bem-acabado que seja, será sempre incompleto se não encontrar “o outro”, “os outros” que lhe darão completude. Esse “outro”, esses “outros” têm de ser leitores.
(...) Todas as pesquisas coincidem num fato muito simples: a criança que esteve em contato com leitores antes de entrar na escola aprenderá mais facilmente a escrever e ler do que aquelas crianças que não tiveram o contato com leitores.
(...) O leitor é, de fato, um ator: empresta sua voz para que o texto seja representado, reapresentado ( no sentido etimológico de “apresentar-se novamente”). O leitor fala, mas não é ele quem fala; o leitor diz, mas o dito não é seu próprio dizer senão o de fantasmas que se realizam por meio de sua boca.
A leitura é um grande cenário onde é preciso descobrir quem são os atores, os  metteurs em scène e os autores. ( Sem esquecer os tradutores, porque a leitura é em grande medida a apresentação de outra língua, semelhante e ao mesmo tempo diferente da língua cotidiana.)
Parte da magia consiste no fato de que, diante das mesmas marcas, o mesmo texto (ou seja, as mesmas palavras, na mesma ordem) se reapresente seguidas vezes. O que nessas marcas permite não somente provocar linguagem, senão produzir o mesmo texto oral, seguidas vezes? A fascinação das crianças pela leitura e releitura do mesmo conto tem a ver com esta descoberta fundamental: a escrita fixa da língua, controla-a de maneira a impedir que as palavras se dispersem, se desvaneçam ou sejam substituídas umas pelas outras. As mesmas palavras, seguidas vezes. Grande parte do mistério reside nesta possibilidade de repetição, de reiteração, de re-apresentação (Ferreiro, 1996).
Há crianças que ingressam na língua escrita por meio da magia ( uma magia cognitivamente desafiante) e crianças que entram na língua escrita pelo treino de “habilidades básicas”. Em geral, as primeiras se tornam leitoras; as outras têm um destino incerto.

(...)

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

FERREIRO, Emilia. Passado e presente dos verbos ler e escrever. 4 ed. São Paulo: Cortez, 2012. 95p.

Elaine Barbosa
Equipe Letra no Blog

Educadores em ação - Edgar Morin

O grande educador e pensador Edgar Morin, pseudónimo de Edgar Nahoum, nasceu em Paris a 8 de julho de 1921 e, felizmente, ainda vive. Destacou também como antropólogo, sociólogo e filósofo. É um judeu de origem sefardita. Foi pesquisador emérito do CNRS. Formado em Direito, História e Geografia, realizou assim mesmo estudos em Filosofia, Sociologia e Epistemologia. É autor de mais de trinta livros, entre os que destacam: O método (6 volumes), Introdução ao pensamento complexoCiência com consciência e Os sete saberes necessários para a educação do futuro.


Os sete saberes necessários para a educação do futuro - Edgar Morin


1.-Um conhecimento capaz de criticar o próprio conhecimento: As cegueiras do conhecimento são o erro e a ilusão. Cada pessoa está condicionada pelo seu próprio mundo emotivo, pelas suas percepções da realidade, pelo seu mundo cultural e por influências sociológicas. As teorias científicas não estão para sempre imunizadas contra o erro. Resulta difícil entender que tenhamos uma educação que visa transmitir conhecimentos e seja cega quanto ao que é o próprio conhecimento humano. Sem aprofundar sobre os seus dispositivos, enfermidades, dificuldades, tendências ao erro e à ilusão, e não se preocupe em fazer conhecer o que “é conhecer”. Temos, portanto, que introduzir e desenvolver na educação o estudo das características cerebrais, mentais, culturais dos conhecimentos humanos, de seus processos e modalidades, das disposições tanto psíquicas quanto culturais que o conduzem ao erro ou à ilusão.

2.-Discernir as informações chave, tendo claros os princípios do conhecimento pertinente: Os estudantes têm de saber escolher os pontos chave dentro da abundância atual de informação. É preciso escolher o prioritário e analisar os contextos dos problemas e das informações. O que antigamente, utilizando uma bela metáfora, entendíamos como “saber tirar o grau da palha”. Existe um problema capital, sempre ignorado, que é o da necessidade de promover o conhecimento capaz de apreender problemas globais e fundamentais para neles inserir os conhecimentos parciais ou locais. A supremacia do conhecimento, fragmentado de acordo com as disciplinas, impede frequentemente de operar o vínculo entre as partes e a totalidade, e deve ser substituída por um modo de conhecimento capaz de apreender os objetos em seu contexto, sua complexidade e seu conjunto. É necessário desenvolver a aptidão natural do espírito humano para situar todas essas informações em um contexto e um conjunto. É preciso ensinar os métodos que permitam estabelecer as relações mútuas e as influências recíprocas entre as partes e o todo em um mundo complexo. O que pode fazer-se baseando-se sempre no método científico de pesquisa, nas relações causa-efeito e no uso nas aulas do método didático integral da globalização e interdisciplinar.

3.-Ensinar a condição humana: Reconhecer a nossa humanidade comum em que vivemos. E, ao mesmo tempo, a diversidade da nossa condição humana. A humanidade é uma e diversa. Compreender que o “humano” é sempre físico, biológico, psicológico, social e cultural, e essa unidade complexa da natureza humana é totalmente “desintegrada”, não entendida, porque foi artificialmente dividida ou desligada, na educação atual, pelas várias disciplinas. Tomando isto como base, devem levar-se os estudantes a compreender a unidade e a complexidade do ser humano. Utilizando a Didática interdisciplinar.

4.-Ensinar a identidade terrena: A revolução tecnológica permitiu voltar a unir o que antes sempre esteve disperso. A pátria comum é a Terra, por isso temos que lograr um sentimento de pertença à mesma, embora existam diferenças essenciais. É necessário ensinar aos jovens alunos a história da era planetária, iniciada com as navegações portuguesas, seguidas das castelhanas, francesas, inglesas e holandesas, que puseram em comunicação todos os continentes a partir do século XVI. Para o bem e para o mal, o mundo interligou-se. A problemática atual é planetária, porque todos os seres humanos têm problemas e um destino comum.

5.-Enfrentar as incertezas: O século XX derrubou a preditividade do futuro. Caíram impérios que pensavam perpetuar-se. A educação deve ir já unida à incerteza e às reações e ações imprevisíveis. Temos de ensinar aos estudantes a estratégia que leve a pensar o imprevisto, pensar a incerteza, intervir no futuro através do presente, com as informações obtidas no tempo e a tempo. É preciso aprender a navegar um oceano de incertezas. O futuro é aberto e incerto, mas temos dados para, pelo menos, tentar minorar as dificuldades.

6.-Ensinar a compreensão: Devemos melhorar a nossa compreensão dos demais, o respeito pelas ideias dos outros e os seus modelos de vida, sempre e quando não atentem contra a dignidade humana. Há que entender os outros códigos éticos, os ritos e costumes. Não marcar ninguém com uma etiqueta. Evitar o egoísmo e o etnocentrismo. Caraterística esta das ditaduras, do nazismo, do estalinismo e do fascismo. Compreender que a compreensão é meio e fim da comunicação humana mas, infelizmente, a educação para a compreensão não se faz em quase que nenhum lugar. Precisamos de compreensão mútua. Precisamos de estudar a incompreensão, o racismo, a xenofobia, o dogmatismo. Para isso temos que desenvolver em todas as aulas e estabelecimentos de ensino de todos os níveis a “Educação para a Paz e a Não Violência”. Como faziam Tagore e Gandhi.

7.-A ética do gênero humano: Ensinar a verdadeira democracia é um dever ético. Mas também necessita diversidade e antagonismos: a democracia não consiste numa ditadura da maioria. À que soem tender os governos que conseguem nas eleições maiorias absolutas. Os nossos estudantes têm de compreender a natureza “trinitária” do ser humano: indivíduo-sociedade-espécie. A ética indivíduo-espécie consiste no controlo da sociedade pelo indivíduo e do indivíduo pela sociedade, por meio de uma democracia autêntica. A ética indivíduo-espécie implica, no presente século, a construção e efetivação da cidadania terrestre ou planetária.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

http://www.diarioliberdade.org/mundo/lingua-educacom/50173-os-7-saberes-necess%C3%A1rios-%C3%A0-educa%C3%A7%C3%A3o-do-futuro,-segundo-edgar-morin.html

Elaine Barbosa - Equipe Letra no Blog

Raio X: Colômbia!

Estou de acordo com a afirmação de que quando conhecemos culturas diferentes, evoluímos enquanto seres humanos. Isso é importante para a expansão do nosso conhecimento de mundo, da nossa visão acerca das coisas – afinal, colocar sempre a nossa realidade como parâmetro para o que nós tomamos como verdade faz com que não nos amadureçamos e não aceitemos novas realidades, novos modos de pensar. 

E foi considerando esse pensamento que comecei a pesquisar sobre a educação em outros países.

Pra começar eu queria um país da América Latina, pois conheço muito pouco sobre eles. Por que comecei pela Colômbia? Vocês verão. Só sei que aprendi muita coisa legal com essa pesquisa que fiz – vou-lhes contar um pouco do que pesquisei no vasto, vasto mundo da ‘’internets’’.

fonte: Centro Memoria

Raio X da Colômbia


Nome: República da Colômbia

Continente: América do Sul
Capital: Bogotá
Língua oficial: Espanhol (de um total de 14 línguas, indígenas em sua maioria)
Tipo de governo: República presidencialista
Presidente: Juan Manoel Santos
Ministra da Educação: María Fernanda Campo Saavedra


Pronto. Agora, vamos lá.

Primeiro li um interessante artigo de opinião sobre o sistema de ensino colombiano. A educação de lá é totalmente administrada pelo Ministério da Educação – instituições educacionais com fins lucrativos são barradas pela lei, sobrando espaço apenas para as que não tem fins lucrativos, como ONGs, entidades e instituições religiosas.

Fonte: Uol
Andre Izecson de Carvalho, Yiwen Looi, Fabio Saad e Joseph Sinatra do Instituto Lauder, Universidade da Pensilvânia, elaboradores do artigo, argumentam a favor da permissão governamental à iniciativa privada, levando em conta que a renda do Estado não é igualmente distribuída para as escolas e universidades e que o investimento de instituições com fins lucrativos aumentaria a oferta de vagas para estudantes, principalmente em áreas rurais ou aquelas afetadas pela criminalidade.

Essa prática diminuiria a evasão escolar e ampliaria o ingresso de estudantes ao ensino superior – que não chegam a entrar para uma universidade por não poderem bancar os custos que o ensino superior demanda.

Entretanto, há uma forte pressão contrária do sindicato dos professores e do povo, visto que a medida implicaria variação de salários dos docentes e porque partem da ideia de que a educação é um direito humano, portanto responsabilidade governamental de garanti-lo. Protestos estudantis foram às ruas.
fonte: Universidad Eafit
Estes dois núcleos também chamaram atenção para a qualidade destas novas universidades particulares – apesar de que o governo avaliaria estas universidades num certo intervalo de tempo, aplicando punições àquelas que não tivessem um bom desempenho, segundo os elaboradores do artigo. E melhor ter acesso a uma universidade não renomada do que não ter acesso à universidade nenhuma, eles acrescentam. De qualquer forma, a impopularidade da proposta tornou-a inaplicável.

Mesmo com dificuldades de escolarização das áreas rurais e criminalizadas, a educação na Colômbia avançou bastante. Isso porque, mesmo sendo um país com alto índice de criminalidade, contrastes sociais e carências, a Colômbia tem promovido internacionalmente uma imagem de grande incentivadora de projetos voltados à leitura. Tanto que atualmente Bogotá é considerada a ''Capital Mundial do Livro'' pela Unicef! 





MEDIDAS QUE SÃO APLICADAS POR LÁ E QUE SUA ESCOLA PODERIA FAZER

1)     O Centro Formativo de Antióquia, ou CEFA, escola pública da cidade de Medellín só para garotas, premia as alunas que alugam mais livros na biblioteca. Elas são ajudadas pelos professores na hora de descobrir quais são os estilos literários que mais gostam – eles ainda estimulam um rodízio literário, em que as meninas trocam entre si os livros que já leram.

2)     A equipe que trabalha na biblioteca do Colégio Alfonson Lópes Michelsen, em Bogotá,  reúne pais de alunos para lerem textos.


3)     O colégio Los Alpes, também situado na capital colombiana, organiza rodas de leituras entre os professores, pois defende que eles também têm de ser leitores.

Concursos de poemas, contos e crônicas também são grandes meios que estimulam os alunos a desenvolver o que absorveram de suas leituras passadas e, a partir disso, elaborar algo de própria autoria.

[C-C-C-OMBO BREAKER de postagem super longa!]

CONHEÇA BIBLIORED, segundo o site Bilingual Librarian (fiz um resumo do que eles escreveram)


fonte: Instituto Técnico Industrial  Lucio Pabón Nuñez
BiblioRed não é nada mais nada menos do que o sistema público de bibliotecas da Colômbia. Esse sistema é composto de um número de bibliotecas grandes e pequenas, assim como um Bibliobús (sim, uma biblioteca dentro de um ônibus! Não é demais?). Além de oferecer seus serviços para o público em geral, está presente em hospitais, penitenciárias, centros de saúde e evacuação.

fonte: Tu Semanário
Já deixei vocês bastante curiosos e interessados em aprofundar-se nisso tudo? Não?
Então pesquisem ‘’Escuela Nueva’’, projeto de uma professora colombiana.
Ainda não ficaram interessados? Espero que tenham ficado! <3
Querem saber o próximo país?
Vejam nos próximos capítulos, hohoho.

Um abraço!

Isabella Narcizo
Equipe Letra no Blog


REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS INFINITAS:

SITE DA ESCUELA NUEVA
http://www.escuelanueva.org/portal/

SOBRE O BIBLIORED


SITES SOBRE EDUCAÇÃO COLOMBIANA

Educadores em ação - Philippe Perrenoud



É preciso reconhecer que os professores não possuem apenas saberes, mas 
também competências profissionais que não se reduzem ao domínio dos conteúdos 
a serem ensinados, e aceitar a idéia de que a evolução exige que todos os 
professores possuam competências antes reservadas aos inovadores ou àqueles 
que precisavam lidar com públicos difíceis 

Philippe PerrenoudDez Novas Competências para Ensinar Porto Alegre (Brasil), Artmed Editora, 2000.

Obra originalmente publicada sob o títuloDix nouvelles compétences pour enseigner. Invitation au voyage Paris, ESF, 1999.


1. Organizar e dirigir situaçôes de aprendizagem
Conhecer, para determinada disciplina, os conteùdos a serem ensinados e sua tradução em objetivos de aprendizagem
Trabalhar a partir das representações dos alunos
Trabalhar a partir dos erros e dos obstáculos à aprendizagem
Construir e planejar dispositivos e seqüências didáticas
Envolver os alunos em atividades de pesquisa, em projetos de conhecimento

2. Administrar a progressão das aprendizagens
Conceber e administrar situaçôes-problema ajustadas ao nível e às possibilidades dos alunos
Adquirir uma visão longitudinal dos objetivos do ensino
Estabelecer laços com as teorias subjacentes às atividades de aprendizagem
Observar e avaliar os alunos em situações de aprendizagem, de acordo com uma abordagem formativa
Fazer balanços periódicos de competências e tomar decisões de progressão
Rumo a ciclos de aprendizagem

3. Conceber e fazer evoluir os dispositivos de diferenciação
Administrar a heterogeneidade no âmbito de uma turma
Abrir, ampliar a gestão de classe para um espaço mais vasto
Fomecer apoio integrado, trabalhar com alunos portadores de grandes dificuldades
Desenvolver a cooperação entre os alunos e certas formas simples de ensino mútuo
Uma dupla construção 

4. Envolver os alunos em suas aprendizagens e em seu trabalho
Suscitar o desejo de aprender, explicitar a relação com o saber, o sentido do trabalho escolar e desenvolver na criança a capacidade de auto-avaliação
Instituir um conselho de alunos e negociar com eles diversos tipos de regras e de contratos
Oferecer atividades opcionais de formação
Favorecer a definição de um projeto pessoal do aluno

5. Trabalhar em equipe
Elaborar um projeto em equipe, representações comuns
Dirigir um grupo de trabalho, conduzir reuniões
Formar e renovar uma equipe pedagógica
Enfrentar e analisar em conjunto situações complexas, práticas e problemas profissionais
Administrar crises ou conflitos interpessoais

6. Participar da administração da escola
Elaborar, negociar um projeto da instituição
Administrar os recursos da escola
Coordenar, dirigir uma escola com todos os seus parceiros
Organizar e fazer evoluir, no âmbito da escola, a participação dos alunos
Competências para trabalhar em ciclos de aprendizagem

7. Informar e envolver os pais
Dirigir reuniões de informação e de debate
Fazer entrevistas
Envolver os pais na construção dos saberes
" Enrolar "

8. Utilizar novas tecnologias
A informática na escola : uma disciplina como qualquer outra, um savoir-faire ou um simples meio de ensino ?
Utilizar editores de texto
Explorar as potencialidades didáticas dos programas em relação aos objetivos do ensino
Comunicar-se à distância por meio da telemática
Utilizar as ferramentas multimídia no ensino
Competências fundamentadas em uma cultura tecnológica

9. Enfrentar os deveres e os dilemas éticos da profissão
Prevenir a violência na escola e fora dela
Lutar contra os preconceitos e as discriminações sexuais, étnicas e sociais
Participar da criação de regras de vida comum referentes à disciplina na escola, às sanções e à apreciação da conduta
Analisar a relação pedagógica, a autoridade e a comunicação em aula
Desenvolver o senso de responsabilidade, a solidariedade e o sentimento de justiça
Dilemas e competências

10. Administrar sua própria formação continua
Saber explicitar as próprias práticas
Estabelecer seu próprio balanço de competências e seu programa pessoal de formação continua
Negociar um projeto de formação comum com os colegas (equipe, escola, rede)
Envolver-se em tarefas em escala de uma ordem de ensino ou do sistema educativo
Acolher a formação dos colegas e participar dela
Ser agente do sistema de formação continua

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

http://www2.neaad.ufes.br/subsite/midiaseducacao/pdf/etapa2_as_novas_competencias.pdf

Elaine Barbosa
Equipe Letra no Blog